Com o passar das horas vai-se tendo mais informações sobre o que se poderá ter passado com a bancada do Estádio António da Mota que cedeu durante o jogo Estoril – Porto.
João Sande e Castro, antigo vereador do desporto na Câmara de Cascais deixou o seu testemunho no Facebook, dizendo que o terreno é pouco estável e que já tinha tido vários abatimentos.
Em 2002, quando assumi a função de vereador do desporto no Município de Cascais, o Estoril-Praia tinha um projeto para uma piscina que estava parado há vários anos. O local indicado para a sua construção era de reserva ecológica e ficava em leito de cheia.
Que este terreno era pouco estável saltava à vista: em 12 anos por três vezes foi necessário reparar abatimentos no solo dos campos sintéticos contíguos.
Saí da Câmara em 2013 e confesso que me causou algum espanto quando em 2015 vi iniciar-se no local a construção de uma grande bancada.
Acreditei que tinham conseguido encontrar uma solução técnica adequada para resolver a questão da instabilidade do terreno e que certamente os responsáveis sabiam o que estavam a fazer.
Afinal não sabiam.
Tiago Ribeiro, ex administrador da SAD do Estoril confirmou isso mesmo em entrevista ao Maisfutebol.
Sabemos que há uma ribeira que passa por baixo daquela bancada. Aliás, em 2010 ou 2011, quando ainda estávamos na II Liga, parte da bancada nascente cedeu e ficou com um buraco. O problema já era conhecido pela câmara e pelo clube. Mas aquando da construção desta nova bancada foi considerado que o engenheiro responsável faria o necessário para garantir a segurança e estabilidade da infraestrutura.