Jogadores do FC Porto despediram-se cabisbaixos dos adeptos. Equipa fechou-se no balneário e saiu depois da meia-noite.
Cabeças baixas, rostos fechados, ar pensativo… Assim se pinta a despedida do FC Porto do mar azul que inundou o Restelo, de onde os dragões saíram vergados à segunda derrota na I Liga, que resultou na perda da liderança. A desilusão tomou de assalto os jogadores no final do encontro com o Belenenses e até a conferência de Imprensa de Sérgio Conceição começou mais tarde do que o habitual. O desaire revelou-se um duro golpe no grupo, que demorou a abandonar o relvado e até a deixar o balneário, por onde passaram Pinto da Costa e Marcano. O treinador confidenciou que os jogadores nem vontade tinham de tirar o equipamento.
Marcano deslocou-se a Lisboa a título pessoal e foi chamado ao local depois de cumprido o tempo indicado pelos regulamentos, uma vez que se encontrava castigado. A viagem de regresso a só se iniciou quase duas horas depois do apito final, após uma saída a conta gotas, onde alguns (Conceição incluído) pararam para umas fotografias.
Do que aconteceu no balneário apenas transpirou para o exterior uma mensagem de crença no título e da necessidade de uma resposta imediata com o Aves. No relvado, porém, foi possível ver que o discurso na roda foi extenso. Ao contrário de Paços de Ferreira, onde só o treinador falou, desta também Brahimi, Herrera e até Luís Gonçalves se dirigiram ao grupo, que passou vários minutos a aplaudir os mais de oito mil portistas presentes. O cântico “Quero o Porto campeão” chegou a ser entoado, mas sem a força de outros encontros.