Tribunal da Relação do Porto proibiu FC Porto, a SAD do FC Porto, a FC Porto Media, a sociedade Avenida dos Aliados e Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos dragões de revelar mais emails.
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, anunciou ontem que o clube azul e branco “está a estudar todas as formas que tem de recurso” da decisão do Tribunal de Relação do Porto, que impede a divulgação de emails do Benfica, garantindo que o FC Porto “irá recorrer para Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por estar a ser violado o interesse público que toda esta matéria encerra“, afirmou no programa Universo Porto Bancada, no Porto Canal.
O FC Porto submete-se às decisões do tribunal, embora discorde em absoluto. A sentença põe em causa princípios básicos da democracia ao cortar a liberdade de expressão. Casos como Wikileaks, correio classificado que o Assange divulgou, Panana Papers e outros.
O FC Porto aceita a sentença, não vai procurar saber se os juízes são portistas, benfiquistas, sportinguistas e nem vai colocar em causa a sua independência. Ao ter-se comnhecimento de um determinado tipo de práticas e não poder alertar a sociedade, tornar públicas essas práticas é, no meu entender, ser cúmplice dessas práticas pelo silêncio.
Francisco J. Marques não deixou de considerar que o valor da multa, em caso de violação da decisão do Tribunal de Relação do Porto, é exagerada:
Nas indemnizações por morte os tribunais portugueses são de uma avareza incrível, neste caso foram mãos largas a ter em conta. Não me lembro de serem pagas indemnizações de 200 mil euros. Parece-me desproporcional. Surpreende que quase 44 anos depois do 25 de abril a única televisão fora de Lisboa seja a impedida de prestar o direito à informação. Pela primeira vez na democracia portuguesa isso acontece.