Pinto da Costa, depois da reunião com o Presidente da República deixou alguns recados depois das polémicas dos últimas dias.
Durante os últimos dias, por conta do código de conduta para o regresso do futebol aos relvados portugueses, muita tinta tem corrido. Em específico sobre a norma que obriga os jogadores profissionais a uma espécie de quarentena específica. A ideia é que os atletas, após os encontros das suas equipas, fiquem confinados nas suas residências, diminuindo, dessa forma, quaisquer contactos com terceiros.
Ora, no FC Porto, Danilo, capitão de equipa, Soares e Marega contestaram a regra, algo que Pinto da Costa terá entendido como estando certo, mas algo que no entender do máximo dirigente dos portistas não vincula o clube.
Em declarações aos jornalistas após um encontro, ontem, segunda-feira, com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Pinto da Costa lembrou que os profissionais de saúde não devem, por exemplo, ter regras diferentes de um trabalhador da restauração.
Há coisas que não compreendo muito bem, mas se calhar não são fáceis de compreender. Não compreendo como se quer proibir um profissional de futebol, que vai fazer a sua atividade profissional e depois tem que ir para casa e não pode conviver com ninguém. É um desprezo para com todos os outros profissionais. Porque é que um profissional da restauração pode ir para onde quiser quando sair do trabalho? Isso é cortar a liberdade das pessoas e é injustificado. Mas para isso há os experts que estão a analisar a situação.
Fizeram uma reunião, elaboraram um documento sem ouvir especialistas como o doutor Filipe Froes, que colabora com a Liga, e sem ouvirem os médicos dos clubes, que são aqueles que lidam com os jogadores, acho estranho. Não tenho poder para obrigar a ouvir quem quer que seja.
Porém, a revolta ficou silenciada logo de seguida, isto porque PdC fez questão de reafirmar que a posição expressa pelos seus jogadores, “numa tomada de posição que é individual“, não vincula o clube, apesar de o “desagrado ter sido generalizado“.
Para além deste tema, o presidente do clube azul e branco defendeu ainda que se o campeonato não for retomado, à semelhança de outros campeonatos, o campeão deverá ser o clube que ocupava o primeiro lugar.
Anulação deste Campeonato? O que se jogou não pode ser anulado. Depois se se resolver não jogar, pode dar-se o Campeonato por decreto a quem quiserem. O que tem sido feito nos outros Campeonatos que acabam é com a classificação que está, não a que gostaríamos que fosse. Na Segunda Liga subiram os que estava em primeiro e em segundo. Ou então definir por decreto. Ainda hoje vimos um ministro a dizer que tinha aversão ao azul, a propósito de uma máscara. Se for esse ministro a decretar, o FC Porto não seria campeão. Se calhar era ao céu que se referia, não ao FC Porto. Se calhar gosta mais do inferno, que é vermelho. O que está a ser feito em França é que o primeiro foi campeão. Acha que deve ser o quarto ou quinto?