Os Dragões foram acusados numa denúncia anónima de terem calote de um milhão de euros ao Marítimo por Marega.
O FC Porto foi acusado, através da denúncia anónima que terá chegado ao DCIAP indicando factos anómalos que estarão a passar-se na preparação do Marítimo – FC Porto, e foi tornada pública, de ainda dever um milhão de euros aos madeirenses pela transferência de Marega, que ocorreu há pouco mais de dois anos.
“Numa altura em que é conhecida a conjuntura atual do FC Porto, ainda paira uma dívida ao SC Marítimo de 1M do jogador Marega, os dirigentes do Marítimo foram abordados também pela estrutura do FC Porto para o acerto da dívida em falta, e consecutivo reconhecimento da mesma”, estava, ‘ipsis verbis’, escrito no referido documento, que prosseguiu com termos polémicos: “Marega é um jogador muito importante na estrutura do FC Porto, do qual só detém 60%, sendo 30% do Guimarães e 10% do empresário que é francês. O FC Porto continua a utilizar o mesmo método para corromper tudo e todos, com o objetivo de ser campeão. Estejam as autoridades atentas que mais se vai passar nestes dias.”
O facto é que, ao contrário do que consta na referida denúncia anónima, os dragões não possuem qualquer dívida em relação aos verde-rubros pela transferência do maliano. Marega foi adquirido por 3,8 milhões de euros, no mercado de inverno de 2014/15, no âmbito de um negócio que também envolveu José Sá. Em junho de 2016 foi reportado que ainda estavam por pagar 1,164 milhões. Um caso que não tem qualquer semelhança com o que envolveu o Estoril nas verbas relativas a Carlos Eduardo, e que foi palco de forte controvérsia mediática apesar da operação sempre ter estado expressa nos documentos financeiros dos portistas.
O encontro de verbas por Marega foi então feito e no final do primeiro semestre da corrente temporada, em dezembro de 2017, o pagamento da transferência estava definitivamente saldado, conforme consta dos relatórios e contas comunicados à CMVM. O que é verdade, mas foi revelado por Record e não por qualquer denúncia nas instâncias judiciais, é que na sequência do acordo estabelecido pela mudança de Soares para o FC Porto, o V. Guimarães ficou na posse de 30% de uma futura venda de Marega, o que pode garantir um ‘jackpot’ à SAD de Júlio Mendes se o avançado acabar por sair por um montante próximo à cláusula de rescisão de 40 milhões de euros.
Autor: Vítor Pinto, in Record.