Após o desempate por grandes penalidades, o FC Porto ultrapassou o Sporting e marcou encontro com o Benfica nos quartos de final da Taça de Portugal em hóquei patins.
O FC Porto Fidelidade conseguiu ontem à tarde o apuramento para os quartos de final da Taça de Portugal, ao vencer o Sporting, no Pavilhão João Rocha, após desempate por grandes penalidades (5-5, 0-3 pen). Os Dragões, que já tinham vencido os leões no clássico da primeira volta do campeonato no Dragão Caixa, continuam assim a defesa da Taça de Portugal, e marcaram desde já encontro com o Benfica, nos quartos de final da prova.
A eficácia da equipa da casa acabou por marcar o primeiro tempo, que teve um FC Porto mais rematador, mas pouco eficaz. Os Dragões somaram praticamente o dobro dos “tiros” à baliza, mas a inspiração de Ângelo Girão segurou a vantagem leonina ao intervalo. O golo que desequilibrou o jogo antes do descanso foi apontado por Henrique Magalhães, ao minuto seis.
Os segundos 25 minutos acabaram por ser muito diferentes, para melhor. O ritmo de jogo subiu, muito graças à pressão portista para entrar no marcador, o que acabou por acontecer graças à inspiração de Reinaldo García: do meio da rua o argentino deu o mote para a reviravolta e para o início de um enorme jogo de hóquei em patins.
O que seguiu foram 30 minutos (juntando as duas partes do prolongamento) de hóquei ao mais alto nível, com golos, lances e defesas para todos os gostos e feitios, e, mesmo com uma decisão muito prejudicial da equipa de arbitragem (transformou uma grande penalidade a favor do FC Porto num livre de sete metros que deu o 4-3 ao Sporting, já no prolongamento), que podia ter ditado outro desfecho na partida, os Dragões acabaram por dar mais uma resposta à campeão.
O tempo regulamentar acabou com um empate a três golos e o prolongamento com uma igualdade a cinco. Um “bis”, de categoria, de Reinaldo García, outro não menos espetacular de Rafa e um golo de Jorge Silva coloriram o marcador dos portistas, que da marca de grande penalidade foram implacáveis. Carles Grau foi insuperável e Gonçalo Alves, Hélder Nunes e Reinaldo García carimbaram o acesso para a fase seguinte da prova.
No final do encontro, Guillem Cabestany salientou o muito bom jogo de todos os seus jogadores e lembrou que é preciso trabalhar muito para forjar a sorte:
Vínhamos com a intenção de superar a eliminatória e para ultrapassar este adversário, em sua casa, precisávamos que os jogadores não só jogassem bem, mas também que controlassem o aspeto emocional. Tivemos ocasiões para fechar o jogo e tivemos azar em algumas decisões…e por isso tivemos que sofrer até ao último momento. Nos penaltis estivemos muito bem. Estou contentíssimo com a exibição, trabalho e atitude da equipao.